Um país estranho
Estranho país este que voltou a eleger para primeiro-ministro alguém que trespassou para a família a empresa de onde recebia avenças quando já era governante, armando-se em vítima e provocando eleições legislativas. País sem memória este que, 51 anos depois do 25 de Abril, parece querer voltar aos momentos mais negros da sua história ao escolher um partido de inspiração fascista para minar a Assembleia da República. Daqui a alguns anos, lembrem-se de dizer aos vossos filhos e netos que votaram no Chega, um partido que utiliza o medo e a propaganda falsa como instrumento de motivação, que em Maio de 2025 cuspiram na democracia e na própria Constituição, abrindo caminho para o autoritarismo e o controlo dos direitos dos cidadãos.