Repensar a CP
Fala-se muito das crises e dos escândalos na TAP mas há outras empresas públicas que parecem escapar por entre os pingos de chuva. É o caso da CP e da milésima greve decretada pelos seus trabalhadores que começa a saturar os seus utentes, principalmente quando não é devolvido o dinheiro de um serviço não cumprido ou quando o passe mensal comprado antecipadamente dá despesa e não serve para nada. A CP acumula prejuízos de muitos milhões, lidera as reclamações nos transportes por causa do seu mau serviço e ao longo do tempo tem encerrado linhas férreas e abandonado património ferroviário, aumentando as assimetrias regionais. Talvez fosse a hora do Estado, como único accionista, repensar o modelo de gestão de uma empresa que cada vez mais está desligada da sociedade actual e das necessidades das populações.