Não sei para onde vou, sei que não vou por aí
A proposta da Comissão Europeia em criar um passaporte de vacinação para viajar é discriminatório para não dizer degradante, isto vindo de uma entidade que se bate por condições de igualdade de tratamento para todos. O certificado de imunidade parece um perigoso sistema de castas entre cidadãos, "os puros e vacinados", contra os "impuros" que não vão conseguir as doses ou porque estão no pleno direito de não serem vacinados. Nem vou questionar as provas científicas da vacina na redução dos contágios por coronavírus e na duração da imunidade, estou estupefacto com a normalidade com que muitos cidadãos encaram estas desigualdades, um caminho de medo, egoísmo e de atropelo aos direitos básicos de uma sociedade. Como diria José Régio, "não sei para onde vou, sei que não vou por aí!"