Livres de Joacine
Não é pela sua gaguez, por declarar-se feminista radical, por valorizar o papel da mulher negra nem é por ter um assessor que se passeia pelo Parlamento de saias, mas a decisão do partido em retirar a confiança política à deputada Joacine Moreira causa um certo alívio. Não deixa de ser irónico que quem lutava contra o racismo seja ela própria preconceituosa, pois tratar esta ferida na sociedade portuguesa com sal nunca foi boa prática. O partido está Livre de Joacine, da sua agenda pessoal, do seu discurso de vitimização e ressentimento, de alguém que se deslumbrou muito cedo pois acha que ganhou as eleições sozinha e se transformou numa estrela que pede escoltas contra o assédio dos media e decide o sentido de voto do partido ao mesmo tempo que chama aos colegas mentirosos.