Era uma vez na América
O primeiro debate presidencial às eleições americanas entre Donald Trump e Joe Biden foi degradante. Era uma vez na América um presidente que espirrava e o mundo constipava-se, quando generosamente colocava o saber científico e médico ao serviço da humanidade para combater pandemias que ameaçavam a saúde pública. Era uma vez uma América que não desprezava os seus tradicionais aliados, preocupava-se com questões climáticas e promovia o diálogo entre os povos. Hoje, o Presidente dos Estados Unidos receita injecções de desinfectante para eliminar o coronavírus, ressuscita o racismo, o ódio, a intolerância, o egoísmo, sem sabermos como foi possível à nação mais poderosa e influente do mundo ter substituído o idealismo norte-americano pelo nacional radicalismo da direita e ter deixado o país à beira da implosão.