Décadas a fazer rir
Camilo Oliveira pulverizou décadas de cinzentismo em Portugal através dos teatros de revista e do seu humor reconfortante. Foi padre, pendura, coronel, merceeiro, presidente, aventureiro, prisioneiro, tudo aquilo que queria ser pois dominava as artes do palco e da comédia. Sem piadas fáceis, sem ser brejeiro, insultuoso, nunca escondeu a admiração pelo sexo feminino e pela sátira que continua actual: um país tocado a vinho, que perdeu o tino, armado ao fino, onde está tudo grosso e em crise.