Batalha naval
Num qualquer país decente e normal, a exoneração do Chefe do Estado-Maior da Armada e da Autoridade Marítima Nacional sem qualquer tipo de justificação aceitável geraria grande alvoroço, ainda para mais sabendo-se que a saída de Mendes Calado não foi "por vontade própria". Só neste país é que um primeiro-ministro e o presidente da república se entretêm a jogar à batalha naval política promovendo o novo "herói nacional", Gouveia e Melo, para daí retirarem dividendos. Brincar à defesa militar tentando adivinhar a disposição dos barcos do seu adversário em mares imaginários pode dar sérios naufrágios mesmo em submarinistas experientes.