A pão e água
Primeiro foi dito que a actividade cultural não podia parar, depois fomos incentivados ao consumo natalício para alavancar a economia, mas agora o Governo muda o discurso e manda toda a gente para prisão domiciliária, o que não acontecia desde 1975, uma espécie de castigo para culpabilizar o mau comportamento dos cidadãos em relação ao contágio do vírus. Parece cientificamente discutível confinar milhões de pessoas, muitas delas saudáveis, em nome da "defesa da saúde". Benjamin Franklim disse que "aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem liberdade nem segurança." Felizmente que a sociedade civil começa deixar de ser mansa e já percebeu que não, não "vamos ficar todos bem" - vão ficar bem os de sempre -, pois aproxima-se o "a pão e água", sem sustento, resultado de medidas políticas desproporcionais, medrosas, que vão destruir muitas vidas a longo prazo, a saúde mental dos cidadãos, os seus empregos, numa taxa muito superior em relação à mortalidade do vírus.