A derrota de um populista
O comportamento de Jair Bolsonaro no Domingo passado após os resultados eleitorais que traduziram a sua derrota, parecia um episódio da série de desenhos animados "Vitinho" que anunciava as horas das crianças irem para a cama. O derrotado foi dormir bem cedo, silencioso, e embora não se saiba se tomou uma caneca de leite morno acompanhado de bolachas antes de deitar, tenho a certeza que teve falta de chá, pois nem felicitou o vencedor. Mesmo assim, dormiu dois dias, uma sonolência excessiva provocada por uma doença chamada populismo que só o fez despertar com o país a arder. No fundo, os populistas acabam sempre por perder porque quando chegam ao poder cometem os mesmos pecados políticos daqueles contra os quais se batiam e são castigados por terem prometido estar ao "lado do povo", dos seus anseios, mas nunca cumpriram as promessas de mudanças.