Triste fado
Como já não bastasse o número crescente de mulheres vergonhosamente agredidas pelo seu cônjuge, fisicamente e psicologicamente, surge agora também um estudo surpreendente e revelador de jovens entregues à mesma sorte. São os novos libertinos oriundos das gerações de 80 e 90 - energúmenos sem referências culturais e civilizacionais mas com o gosto pela ostentação, do exibicionismo de potentes bólides dos papás ao som de música estridente e na companhia dos famosos e colunáveis do burgo, tendo no bolso as últimas tecnologias de comunicação. Nas suas vidas desregradas escondem a cobardia dos seus actos contra a mulher pois obedecem a todos os estratos sociais. Infelizmente, a flexibilidade da lei não ajuda nem tampouco a reacção da mulher violentada - não denuncia pois confunde a agressão como sendo uma prova de afecto por parte do homem que promete não voltar a repetir tal acto. Não seria urgente mudar a lei no sentido de proteger a mulher do número galopante de vítimas, ainda para mais quando existe o envolvimento de crianças?