Tempestade autárquica
As autárquicas foram vividas com chuva mas revelaram-se violentas tempestades: varreram o "jardinismo", na Madeira, o "Mesquitismo", em Braga, e arrancaram pés de alguns resistentes nabos, em Gondomar. Em Gaia, os candidatos político futeboleiros foram castigados por serem saltimbancos vazios de ideias e sofrerem de clubite aguda. No Porto, o candidato messiânico que veio do outro lado do rio pagou caro as constantes afrontas e o despeito para com Rui Rio, mesmo levado ao colo pelos "notáveis" da treta desta cidade e de um jornal que se diz de referência mas que andou de espinha curvada em campanhas diárias. O temporal ainda destapou a máscara de Paulo Portas - exultante nas vitórias, ausente nas pesadas derrotas da coligação governamental -, e desenterrou a estupidez masoquista daqueles que foram à porta da prisão da Carregueira ovacionar um autarca que cometeu crimes fiscais. O tumulto, não existe BE para além de Louçã, nem é perdoável a figura que o Bloco fez ao rejeitar o PEC IV.