Fanatismo das palavras
Há um certo fanatismo nas palavras quando se fala do conflito israelo-palestiniano. Os proponentes recorrem ao revisionismo histórico e à desinformação para ver quem mata mais, quem começou a disparar primeiro e quem tem os aliados mais poderosos. Nestas trincheiras de ódio chora-se lágrimas de crocodilo porque a cegueira ideológica faz-lhes alucinar com matanças boas e outras más, consoante a religião, com misseis aconchegadores e bombas más, consoante o atirador, com terroristas protectores e terroristas exterminadores. No fundo, é chique ser-se qualquer coisa sem sequer fazerem a mínima ideia onde fica a Palestina, mas terem algo a exibir orgulhosamente nas redes sociais. Quanto à paz, essa coisa pode sempre esperar...