Pingos de sofreguidão
Enquanto que em países de outras latitudes as pessoas correm para os supermercados para garantir bens de primeira necessidade, no caso de ficarem barricadas em casa devido às frequentes intempéries, em Portugal corre-se para os supermercados à menor suspeita de descontos mirabolantes. A gula, saciada à estalada, pois é urgente açambarcar e atolar a casa com qualquer coisa dando razão ao ditado: "não há fome que não dê em fartura". O requinte de malvadez em escolher o 1º de Maio para oferecer um prato de lentilhas, para dividir a população e os funcionários, abusando das suas fraquezas. Pingos de sofreguidão, de egoísmo, de um povo estranho que pena o ano inteiro mas que de repente desenrasca 100 euros. Por este andar, preparem-se, ainda havemos de os ver a devorarem prateleiras de supermercados em noite de consoada!