Uma questão de coluna vertebral
É normal alguns adeptos dos clubes de futebol serem fanáticos e verem somente o que lhes convém, o que não é normal é alguns profissionais de comunicação social, sob a capa de um falso patriotismo saloio, terem uma espinha dorsal semelhante a um molusco, ignorando o seu código deontológico. No caso da recente final da Supertaça Europeia, no Mónaco, entre o FC Porto e o Barcelona, um suposto penalty que ficou por marcar a favor dos portugueses foi apelidado de "batota no casino" e de outros adjectivos menos abonatórios contra o árbitro.
Num outro caso polémico, em 2010, no Estádio do Dragão, numa eliminatória da Liga dos Campeões opondo o clube da casa ao Arsenal, a falta de "fair-play" de Rúben Micael, marcando um livre indirecto num lance hilariante sem que os jogadores adversários se apercebessem da ordem do árbitro, mereceu da imprensa desportiva elogios de esperteza desmedida, apesar do treinador francês ter dito "que nunca viu nada assim". Ora, para esse tipo de chico-espertice e, aplicando o ditado "ladrão que rouba ladrão, tem 100 anos de perdão", penso que ficaram quites.