"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
Fui à aldeia da Pena, lá para os lados da fronteira entre os concelhos de São Pedro do Sul e Arouca - o fim do Mundo onde o morto matou o vivo! A Pena dá pena, não teve a sorte da homónima de Góis, pois não pertence às Aldeias do Xisto de Portugal. Só pode contar com a ajuda divina de São Macário pois o poder camarário e político já a abandonou há muito tempo. Suja e escura como a lousa que a cobre, com meia dúzia de habitantes, com casas em ruína, sem rede de saneamento, com acessos difíceis e vertiginosos, desaproveitada turisticamente, não faz jus à beleza natural e agreste do Maciço da Gralheira. Pena, dá pena ver o Norte guerrear o Sul em nome do já gasto argumento do centralismo quando permaneces na ignorância de tais escribas, no marasmo, perdida no isolamento e na tua identidade cultural.
O que eu não me canso de dizer que essas guerras Norte-Sul aqui em Portugal são patéticas. Portugal é todo ele uma só nação, não é como a vizinha Espanha que não é, de facto, um Estado-nação. Até parece que podemos comparar o Porto a Catalunha ou ao País Basco. Os bascos ou os catalães têm o seu próprio idioma, a sua própria cultura e os seus povos são uma etnia própria...