Precariedade laboral contemporânea
Reconheço o papel relevante da Fundação Serralves como instituição cultural que promove a reflexão sobre a sociedade contemporânea. Por isso mesmo, quando acaba de terminar a 7ª. edição do "Serralves em Festa", ainda não compreendi como foi possível despedir 18 trabalhadores do serviço de recepção e atendimento no passado dia 12 de Abril. Sem direitos, pois a Fundação reconhece-os apenas como colaboradores a recibos verdes, descartando-se de efectuar um digno contrato de trabalho. Mesmo com a desprestigiante reprimenda da inspecção da Autoridade para as Condições de Trabalho continua a não rever a sua posição. Deste modo, sendo eu contribuinte e, sendo a Fundação gerida por subsídios estatais e fundos públicos, não desejo que as minhas obrigações tributárias sejam usadas para ajudar à precariedade laboral neste país.