"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
O ataque ao Centro Ismaili, em Lisboa, assanhou os eleitores do Chega e gerou aproveitamento político do seu líder culpando a "política de portas abertas sem qualquer controlo", mesmo que tudo indique se ter tratado de um acto específico do foro psicológico e não um acto terrorista. Nas redes sociais, a chusma de oportunistas do costume apontou o dedo aos migrantes, imigrantes, refugiados, tentando associar o trágico episódio ao radicalismo islâmico e culpando-os pelos males do país. Por mim, e tenho a certeza que pela maioria da sociedade portuguesa, tenho a dizer-lhes que jamais passarão!
Houvesse mais pessoas assim como o empresário Rui Nabeiro e o mundo seria mais feliz e justo. Um homem visionário que sonhou impulsionar o Alentejo combatendo a interioridade sem pedir nada a ninguém. Sempre sorridente, mesmo nos difíceis tempos da pandemia onde perdeu milhões assegurando o pagamento dos vencimentos dos seus colaboradores para evitar recorrer ao lay-off estatal. Um motivador nato, que tratava os funcionários como parte da família pois acreditava na felicidade no trabalho e nos valores sociais.
Mais de meio século depois do caso Ballet Rose, um novo escândalo de pedofilia volta a atormentar a sociedade portuguesa, agora tendo como protagonista membros da Igreja Católica. E se, durante o Estado Novo, a Igreja manteve o seu papel colaborante com o regime contribuindo para o silêncio, pois apregoava a moral e os bons costumes a todo o custo, actualmente, tem dificuldade em lidar com a verdade e com a evolução dos tempos. Os tiques de impunidade mantêm-se, mas o Ballet Rose deu lugar ao Ballet Episcopal, tal é a leveza com que tratam os abusos de cerca de cinco mil menores durante as últimas décadas. Uma coreografia de encobrimentos, de ocultação, de movimentos fora da realidade, de saltos sobre os direitos da criança, de posições que menorizam as vítimas, num espectáculo deprimente ao melhor estilo do "perdoa-me".