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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Seg | 23.08.21

O "Público" foi longe de mais

Dylan

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O jornal "Público" retirou da sua edição digital um artigo de opinião de um médico convidado com o título "Uma vacina longe de mais", que falava das dúvidas acerca da vacinação de crianças e jovens contra o Covid. Esta "despublicação" disfarçada de "erro de controlo editorial" foi justificada "pelo tom desprimoroso em relação a várias personalidades da nossa vida pública"  e também por "negar o relativo consenso científico em torno das vacinas.” Sempre pensei que um artigo de opinião fosse parcial, abundante de juízos de valor, por vezes polémico e provocador para lançar o debate. Não me lembro de idêntica celeuma com outros cronistas que usaram do mesmo tom nesse jornal e bastava devolver o texto ao seu autor sem o publicar. Mesmo compreendendo os critérios editoriais, fica a sensação que o "Público" sonega e escolhe deliberadamente a informação, não deixando que o leitor analise e interprete os factos, fazendo lembrar aquela época da ditadura portuguesa em que era usado um lápis de cor azul nos cortes de qualquer texto para impedir as tentativas de subversão.  

Qui | 05.08.21

O salto para a liberdade

Dylan

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A medalha de ouro de Pedro Pichardo no triplo salto em Tóquio não significou apenas igualar os feitos de Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nélson Évora no pódio olímpico. Foi um salto para a liberdade ao fugir de um regime político cubano cada vez mais caquéctico e que o renegou. Lembrou-me aquele salto do soldado da RDA que se evadiu para a Alemanha Ocidental na década de 60 por entre a cerca de arame farpado que dividia o país. Naturalizar-se não é apenas adquirir direitos de cidadão nacional, saber o hino ou balbuciar algumas palavras em português, é sentir o país, ligar-se à comunidade, agradecer o acolhimento e construir uma relação recíproca, uma história bonita que tem tudo para dar certo.

Dom | 01.08.21

E esta, hein

Dylan

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Aquele país escandinavo que vive na pré-história, onde os seus habitantes têm que montar os seus próprios móveis e passeiam nas ruas os "chaços" da marca Volvo, têm menos óbitos do que Portugal por Covid-19 bem como menos mortalidade colateral em excesso de outras causas naturais. A Suécia, com o número de população idêntica à do nosso país e cuja estratégia para combater esta pandemia não pode ser pronunciada, foi apelidada de "criminosos sem noção" quando as mortes dentro dos lares de idosos eram fogo em mato seco, aliás, o que acabou de acontecer por aqui. Dizem que não é sério comparar os dois países mas já é honesto comparar a Suécia com os seus vizinhos nórdicos apesar das diferenças da concentração demográfica nas grandes cidades. Deve ser difícil aceitar o facto da Suécia não ter feito confinamentos rigorosos, não ter restringido a liberdade e direitos fundamentais dos cidadãos mas ter optado por recomendações e responsabilidade pessoal, não ter criado tanta pobreza, tantos estragos económicos, tantos problemas mentais na sociedade, não ter exercido tanto desprezo pelos doentes não Covid que trará consequências a nível de morbilidade hipotecando o futuro de tanta gente e no fim ter resultados idênticos ou melhores do que os apologistas da "ditadura sanitária". Se o Fernando Pessa fosse vivo e escrevesse esta opinião acabaria assim: "E esta, hein?!"