Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Seg | 28.10.19

A turma da escola

Dylan

ar.jpg

 

A primeira sessão da XIV legislatura que decorreu na Assembleia da República parecia o regresso às aulas de um grupo de adolescentes excitados. Um caloiro chegou tarde para chamar a atenção e foi exposto a bullying, uma situação de abuso de cadeiras por parte dos repetentes. Houve também desfile à moda do Portugal Fashion, um indivíduo passeou-se pelos corredores numa mistura de saia com batina. Na turma existem alguns sem "particular entusiasmo" em serem deputados porque o local está "mais degradado e com falta de qualidade", adeptos do movimento "Black Power", uns que vão pedir transferência e outros que chegaram de táxi e partiram de Tuk Tuk! Não há trabalhos para casa (TPC), apenas umas actividades extra curriculares e lucrativas como comentadores de política ou de futebol nos meios de comunicação social. Esta escola é fixe, se faltares às aulas alguém vai marcar o registo de presenças por ti!

Qua | 23.10.19

Bandos de malfeitores

Dylan

tocha.jpg

A decisão do presidente do Sporting em acabar com os apoios às claques do clube é um acto de coragem, farto de tanto parasitismo e intimidação. Algumas claques de futebol deixaram de ser um grupo de adeptos que apoia e acompanha a equipa para se tornarem numa seita de malfeitores pronta a obter proveitos financeiros do clube, onde o estilo de vida dos seus líderes não corresponde aos rendimentos declarados. Somente uma pequena parte dos seus elementos têm registo obrigatório, e apesar de ser sobejamente conhecida as suas actividades criminosas, têm prioridade sobre os outros sócios e adeptos em relação ao preço dos bilhetes para os jogos. Eu não sei se as claques deviam ser extintas, sei que o futebol  já existia e era mais puro antes destes bandos de mostrengos aparecerem. 

Qui | 17.10.19

A ferro e fogo

Dylan

espanha-catalunha-protestos.gif

Imaginem meia dúzia de políticos burgueses depois de um jantar bem regado com Cava num dos restaurantes mais caros da Madeira ao som de Montserrat Caballé, preparando e executando um referendo com vista à independência da ilha só porque têm uma bandeira própria e falam uma língua estranha. Depois do "sim" no referendo que ninguém reconhece, o Governo da Região Autónoma declara-se Estado, satisfazendo o jardinismo, uma espécie de separatismo radical. Imitando o trabalho inconsciente e surrealista de Dalí, gozam com o Governo central, violam a Constituição, o próprio estatuto autonómico e ignoram os tribunais. Temendo a sentença final do Supremo, o mentor principal foge da ilha, outros são condenados a penas de prisão sem antes deixarem aquela região a ferro e fogo à mercê do radicalismo. Qualquer semelhança entre a ficção madeirense e a situação na Catalunha é a mais pura realidade.  

Seg | 07.10.19

Direito a não votar

Dylan

absten.jpg

 

O PDA (Partido da Abstenção) voltou a ser o grande vencedor das Eleições Legislativas. Claro que aparecem logo os democratas de ocasião dizendo que o voto devia deixar de ser um direito para se tornar num dever, assim ao estilo do regime norte coreano. Mas em vez de tratarem como criminosos as pessoas que decidem não ir votar, seria importante perceber os motivos para tão elevada abstenção. Não é pelos portugueses estarem desinformados, não é para ir à praia nem tampouco para ver um jogo de futebol, é somente  por não terem confiança nas instituições políticas, pelos maus exemplos, pelas relações perigosas entre a política e outros sectores, por discursos eleitorais agressivos mas vazios, por promessas goradas e expectativas frustradas. Não votar também é um direito de Abril, um protesto, um grito de quem não se identifica com qualquer partido e que não faz de ti pior cidadão nem condena ninguém à fornalha do inferno. 

Sab | 05.10.19

Nunca caminharás sozinho

Dylan

O professor Diogo Freitas do Amaral não foi um político, foi um patriota que susteve os radicalismos que se seguiram  ao 25 de Abril. A experiência de vida reformulou os seus ideais políticos, o que lhe permitiu percorrer os corredores labirínticos da Esquerda e da Direita mas sempre com a generosidade de servir a causa pública. Ao contrário do que dizem, nunca esteve politicamente só, nem quando os seus amigos Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa morreram, nem quando lhe retiraram o quadro da sede centrista, porque um homem que vive para a democracia sem estar amarrado a ideologias políticas e que vive com liberdade de pensamento para questionar nunca caminhará sozinho.