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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

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"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Seg | 30.09.19

A pior cidade do país

Dylan

 

Ermesinde, no concelho de Valongo, imortalizada numa rábula dos Gato Fedorento como a "terra das gajas boas", é capaz de ser a cidade com pior qualidade de vida do país. São 50000 habitantes, concentrados em 7 km2, em que o planeamento urbano não conseguiu acompanhar a explosão demográfica. Aquilo que falta em espaços verdes sobra em hipermercados, instalados sem qualquer critério. O acesso viário junto às três escolas é caótico, ainda para mais com obras a decorrer em arruamentos periféricos. Há falta de segurança, a esquadra da PSP está fechada durante a noite por falta de efectivos. O resgate de concessão do estacionamento é uma falácia, os parquímetros apenas mudaram das mãos dos privados para os bolsos do serviço de fiscalização da Câmara. O IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), o preço da água e do saneamento atingem valores astronómicos.  Quem quer sai ou entrar na cidade a qualquer hora do dia pela autoestrada A4 tem de suportar obras e filas intermináveis devido ao alargamento da mesma e à construção de um túnel, sem falar na qualidade do ar de um troço que serve cerca de 200 mil pessoas (Ermesinde, Águas Santas e Rio Tinto). Há quem queira fugir a este stress, a esta grande aglomeração de veículos usando os transportes públicos, mas estes também estão a abarrotar.

Qua | 25.09.19

Consciência ambiental

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Parece haver consenso no discurso da jovem activista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, quanto às preocupações ambientais como o aquecimento global. No entanto, não devemos culpar as gerações anteriores pelas alterações climáticas mas dar o exemplo para que não soe a falsos moralismos de uma adolescente, dos seus apaniguados e crie aproveitamentos políticos. Um dos passos para não esgotarmos os recursos do Planeta é a simples reciclagem, porque somente 16,5% dos resíduos produzidos são encaminhados para os ecopontos, apesar de haver um ecoponto por cada 250 portugueses. Outra maneira de respeitarmos o ambiente é recolhermos o lixo dos festivais de Verão e colocá-lo no contentor para que a consciência ambiental não seja feita de pseudo-ambientalismo mas de actos. 

Ter | 24.09.19

O preço das escolhas

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Como diria o poeta Pablo Neruda, nós somos livres para fazer as nossas escolhas mas somos prisioneiros das consequências. Por isso, graças aos seus sócios e adeptos, o Sporting está a receber os juros da herança de Bruno de Carvalho e de Direcções que preferem olhar com desdém para a casa do vizinho da Segunda Circular em vez de resolverem os seus problemas. Com divisões mas também com alianças nunca assumidas feitas a norte,  o presidente monocórdico pago a peso de ouro que tomou conta dos destinos do clube desde o ano passado não consegue atenuar a maior crise financeira de sempre  nem é capaz de gerir o impasse na transferência de Bruno Fernandes, provocando mal estar no balneário e o declínio da própria SAD.

Ter | 17.09.19

As viúvas de Salazar

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Eu não me importo que construam um museu dedicado a Salazar ou sobre o Estado Novo desde que não tentem branquear o mais longo regime autoritário na Europa Ocidental durante o século XX. As viúvas de Salazar continuam bem vivas enquanto as suas vítimas estão bem mortas, por isso é necessário um local onde se explique às gerações mais novas qual a personagem que passa de "mestre das Finanças" para um cínico torcionário. Do acervo deve constar documentos que recordem a vida miserável no campo, a fome, pobreza, injustiça social, analfabetismo, os saudosos tempos de censura, fraudes eleitorais, julgamentos políticos e de uma "polícia" criada para fazer o trabalho sujo da ditadura fascista para que homens como Humberto Delgado e mulheres como Catarina Eufémia não tenham morrido em vão. 

Dom | 15.09.19

O logro

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O futebol português parece querer voltar aos tempos em que os campeonatos eram "comprados em supermercados", palavras de um reputado treinador estrangeiro. Confesso que os árbitros contribuíram para este logro através de um VAR obsoleto, o manual de maus conselhos que ignora lances decisivos e altera a verdade desportiva. Admito que existe três grandes eucaliptos que secam o futebol em Portugal mas um tem raízes mais compridas do que os outros. Jogos que se prolongam depois da hora regulamentar à espera do golo ou do penalty decisivo e expulsões ao primeiro minuto de jogo é o recente exemplo dessa intrujice. O organizador da Liga também não ajuda ao marcar jogos para horários desajustados devido a compromissos televisivos e permite que o preço dos bilhetes seja de uma final da Champions League. Depois queixem-se que esta falta de credibilidade faça com que as assistências de alguns jogos dos campeonatos distritais sejam superiores aos da Primeira Liga!

Qua | 11.09.19

Políticas sectárias

Dylan

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Pensei que o surgimento do PAN, o partido das Pessoas, dos Animais e Natureza, pudesse trazer uma lufada de ar fresco à política portuguesa. Fiquei desconfiado quando foi aprovada a ridícula lei que permite a presença de animais de estimação em restaurantes da qual este partido foi o projectista, mas tive a certeza do seu sectarismo quando o seu deputado afirmou querer criar uma "espécie de Serviço Nacional de Saúde para animais", isto quando se põe em causa a sustentabilidade futura do SNS, a falta de recursos humanos e de investimento público na saúde. António Arnaut, "o pai do SNS", deve ter dado voltas ao caixão a ouvir tamanha barbaridade, assim como as pessoas que ainda não têm acesso aos cuidados de saúde pública devido a desigualdades territoriais, os que aguardam meses por cirurgias e pelos desconcertantes tempos de espera nas Urgências.