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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Seg | 29.10.18

O voto do desespero

Dylan

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O Brasil "bolçou" à direita, regurgitou uma ditadura militar que durou mais de 20 anos e elegeu um dos seus maiores simpatizantes. Alguém que se ausentou dos debates e não apresentou programa eleitoral. Apenas umas golfadas de intolerância, de preconceito, de um populista autoritário que quer voltar a trazer a pena de morte e a tortura, de alguém que ameaça fechar o Congresso mas só se lembra disso ao fim de 28 anos, depois de ter percorrido os seus corredores. O Messias evangélico chegou, não multiplica pães pela população mas quer distribuir armas, combatendo a violência com violência, uma pessoa que ameaça fuzilar os adversários políticos, que despreza as minorias e protege as maiorias. Convém reflectir como foi possível a quarta maior democracia do mundo chegar a este ponto, com tão fracos candidatos políticos, como permite ditadores de direita e odeia os de esquerda, como consegue suportar a dor de colocar sal numa ferida de ódio bem aberta? Talvez por desespero.

Qua | 24.10.18

Os fugitivos

Dylan

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Parece que Portugal esteve à beira de uma revolta quando três fugitivos cadastrados foram fotografados e expostos na comunicação social. Dando de barato que a actuação dos sindicatos de polícia não foi muito ortodoxa, a reacção de muita gente, inclusive do ministro da Administração Interna é surpreendente e exagerada. Nunca, em circunstância alguma, deve-se colocar um criminoso foragido em direito de igualdade com um cidadão comum, até porque o Código Civil diz que não é necessário o consentimento da pessoa retratada quando existem exigências de polícia ou de justiça. Não deixa de ser irónico que tenham sido as imagens dos fugitivos fundamentais para a sua captura e, agora, no momento da detenção, seja "absolutamente inaceitável" e um "espectáculo indigno"!

Seg | 22.10.18

O Farol de Leça

Dylan

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Ao longo da história, os faróis sempre exerceram um fascínio sobre miúdos e graúdos, talvez pela aura que os rodeia e que os associa ao mistério e à aventura. Quem não se lembra de de uma estória fantástica contada numa noite de tempestade? De modo que decidi visitar o Farol de Leça da Palmeira (Matosinhos) para alcançar aquelas vistas fenomenais, aproveitando o facto de estarem abertos de forma gratuita às quartas-feiras entre as 13:30 e as 16:30 horas, numa iniciativa da Autoridade Marítima Nacional, inserido na política de divulgação da história, património e atividade dos faroleiros. Ficas a saber que sua torre tem 46 metros de altura, sendo o segundo farol mais alto do país e o último a ser construído em Portugal Continental, e descobres que estás a ficar velho quando a tua filha sobe 213 escadas com um sorriso nos lábios e tu ficas a arfar!

Seg | 15.10.18

Mudam-se os tempos e as vontades

Dylan

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Antigamente os furacões só varriam terreno americano, agora também destroem Portugal com violentíssimas rajadas de vento. Antes, dizia-se que não havia "toupeiras", os presidentes dos clubes de futebol "adivinhavam" que tinham de fugir para Vigo para escapar aos mandados de detenção, agora apresentam-se voluntariamente nos departamentos de investigação por caridade. Dantes, uma violação era sempre uma violação, independentemente dos protagonistas, agora se o violador for famoso e pagar um acordo de silêncio a culpa é da vítima. Noutros tempos, não havia turistas em Lisboa e no Porto, agora os estrangeiros expulsam os habitantes das zonas históricas. Em tempos passados, os clubes gozavam com os adversários através de cânticos insultos às mães sem serem punidos, agora são multados pela difusão de um belo ‘pasodoble’. Parafraseando Camões, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.