"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
A coberto da suposta "concorrência desleal" executaram-se ataques cobardes contra motoristas da Uber e Cabify. Agora que o governo regulamentou as novas plataformas digitais de transportes e o presidente da república promulgou o respectivo diploma a vigorar em Novembro, a insatisfação dos taxistas teima em perdurar. Do que é que tem medo uma classe profissional tão privilegiada, isenta de muitos impostos, com dedutibilidade do IVA, com apoios para a compra do veículo e exibição lucrativa de publicidade na viatura? Se for o pavor da concorrência não têm com o que se preocupar pois esta é salutar e contribui para o bem-estar e benefício dos cidadãos. Se não se adaptam ao novo modelo de negócio façam aquilo a que o meu patrão me obriga e diz: moderniza-te pá!
É o drama, a tragédia, o horror, afinal o Infarmed já não vai ser transferido para o Porto. No fundo, escreveu-se direito por linhas tortas porque uma descentralização não pode ser uma deslocalização, porque ainda ninguém conseguiu provar que a transferência é sinónimo de "maior produtividade, eficiência e menor custo de trabalho". Este processo foi mal conduzido desde o início por António Costa, mas se existe algo que aprendemos com mais este capítulo da desnecessária guerra norte /sul é que as "vozes do norte", os caciques locais, deram um sinal inequívoco. A bem da coerência e da descentralização, prontificam-se a fazer as malas da noite para o dia, abandonando o Porto, deslocalizando os seus empregos, a transferirem as suas vidas, afinal o que são míseros 300 quilómetros ou mais para gente tão exemplar e com tanta cagança?
Um Tribunal do Porto condenou uma empresa ligada ao ramo corticeiro a reintegrar e a pagar uma indemnização por danos morais a uma trabalhadora que foi despedida ilegalmente através da artimanha "extinção do posto de trabalho". Desde que regressou, nunca mais teve sossego e foi sujeita a vários tipos de discriminação que passam por proibir o acesso às casas de banho comuns, o estacionamento do seu veículo nas instalações da empresa, ao contrário de todos os outros trabalhadores e colocada a trabalhar isolada num local onde carrega e descarrega a mesma palete de 20 kg cerca de 30 vezes ao dia debaixo de temperaturas elevadas. Imaginem que há poucos dias, os restantes trabalhadores da empresa manifestaram-se em solidariedade com a administração da empresa esquecendo-se que amanhã podem estar eles nessa posição. É caso para dizer que com amigos destes, com colegas de trabalho deste calibre, ninguém precisa de inimigos!
Parece que o Festival Eurovisão da Canção está em risco de não se realizar, no próximo ano, em Israel. Ouvi falar de boicotes, de protestos, e como estamos no Médio Oriente pensei que tamanha indignação se devesse à marginalização e à falta de direitos das mulheres nesta região. A obrigatoriedade do uso do véu, a proibição de simples actos como conduzir, fazer desporto, estudar, trabalhar, viajar, andar de bicicleta ou pintar as unhas seriam motivos para uma rebelião contra a segregação. Mas não, a represália ao festival, contra Israel, prende-se com as "violações dos direitos humanos" contra o povo palestiniano, organizada por ideólogos europeus e políticos de esquerda que acham que o conflito israelo-palestiniano se resume aos bons e aos maus, esquecendo que no seu continente existe intolerância, racismo, discriminação e perseguição a migrantes e refugiados, onde a Turquia bombardeia o povo curdo e onde grassa uma guerra na Ucrânia alimentada pela Rússia.
Confesso que estava com grande expectativa para visitar esta praia, ainda para mais depois de ter sido eleita a melhor praia da Europa, em 2017, por um site dedicado no sector do turismo e que premeia os melhores destinos turísticos da Europa em diversas categorias.
A praia semi-natural inserida no Parque Natural da Arrábida, em Setúbal, é realmente de uma beleza estonteante, uma baía de águas calmas mas frias, esverdeadas, de uma areia muito branca, mas é discutível ser a "melhor da Europa".
Da estrada até ao areal, o caminho não sinalizado é péssimo, não aconselhável a crianças pequenas pois trata-se de uma descida entre a vegetação em escadas de terra e toros de madeira desfeitos! Em maré cheia o areal torna-se diminuto, aliás como em toda esta zona que tem vindo a perder areia ao longo dos últimos anos.
Continua a sanha persecutória à maior instituição desportiva em Portugal, depois da fraterna reunião entre os directores de comunicação de FCP e Sporting, em Lisboa, no ano passado. Querem interditar o Estádio da Luz só porque as claques do clube não estão legalizadas, quando sabemos que apenas 10% dos membros das ditas são registados, não lhes sendo exigido registo criminal! Não há memória de punições aplicadas a outros clubes quando esses "legalizados" decidem partir e assaltar estações de serviço, quando entoam cânticos insultuosos e atiram bolas de golfe ao adversário ou invadem campos e ameaçam árbitros no seu centro de treinos. Ex-políticos frustrados salivam, debitam ódio na televisão e pedem a extinção do Benfica. Outros peões intoxicam a opinião pública, enlameiam cidadãos e ignoram a violação de segredo de justiça - ironicamente, um dos crimes que o Ministério Público deduz na acusação contra a SAD. Deixem o poder judicial funcionar porque sendo certo que nenhum clube nem ninguém está acima da lei, é também certo que os justiceiros de pacotilha não passarão!