"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
O PSD continua a sua travessia no deserto, comprovado agora com a recente derrota nas eleições legislativas dos Açores. Veja-se também o caso da cidade do Porto onde nem sequer apresentou candidato às próximas eleições autárquicas. Sei que não é fácil combater politicamente esta espécie de União Nacional em redor do independente Rui Moreira, apoiado pelo CDS e pelo servilismo do PS, mas só uma oposição insatisfeita pode dar voz a cidadãos que não compreendem o excessivo poder do vereador do PS no executivo, a confusão originada pelo concurso público para a exploração do Palácio de Cristal, a forma como o presidente da câmara desrespeitou a Galiza na questão dos voos TAP Vigo/Lisboa, as declarações infelizes sobre o fumeiro e o galo de Barcelos na contestação à promoção turística do Norte, a divisão que criou entre autarcas do interior e do litoral a propósito da distribuição de fundos comunitários (PEDU), e a vergonhosa concessão do estacionamento na via pública que tem infernizado a vida de quem trabalha ou estuda.
O governo não pode estar refém de uma chusma de taxistas que desafia e intimida tudo e todos. Não percebo como uma classe que mantém benefícios fiscais em termos do ISV, de dedução de IVA nas despesas de veículo, isenção do IUC, IRC, e que sempre gozou de proteccionismo, se escandaliza com a concorrência e com novos modelos de negócio. Esta dose de moralismo faz-me lembrar a personagem principal do filme "Taxi Driver", um taxista irritado armado em justiceiro que aponta a sua mira a todos, à cidade, ao Estado, não percebendo que ele também é um produto que faz parte do problema.
Ó Coimbra do Mondego e dos dois amores que ele lá teve: a Académica e o Benfica. Do Choupal até à Lapa, todas as glórias na sombra daquela capa. "Sentes que um tempo acabou", vice-campeão na "Briosa", "qualquer que não volta que voou". "Capa negra de saudade no momento da partida, segredos desta cidade" levou o velho capitão "p'rá" vida. A estória de Mário Wilson não é só futebol, também é uma lição de sonho e tradição, porque sei que "levas em ti guardado o choro de uma balada, recordações do passado, o bater da velha cabra".