"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
Anestesiados por um Campeonato Europeu de Futebol, por discussões histéricas sobre a justificação em lançar um microfone de um repórter para um lago, o Reino Unido tratou de sair sorrateiramente da União Europeia. Eu, europeísta, confesso que acreditava neste projecto, mas ultimamente a União Europeia transformou-se numa espécie de Torre de Babel onde ninguém se entende. Acho que mais países vão abandonar o barco que se afunda à medida que é dirigido por tecnocratas disciplinadores, pouco importados com o prometido crescimento económico, prosperidade e emprego, atormentados por ultranacionalistas, por conservadores populistas, pela extrema direita anti-migrante ou simplesmente por cidadãos apavorados.
Parece que alguns municípios da Área Metropolitana do Porto se recusaram a assinar o vínculo com o Governo referente à negociação de fundos comunitários para áreas urbanas, até houve um autarca que falou em "roubo do século". Mas, como se diz que "quem não chora não mama", um quarteto logo tratou de fazer uma negociação particular com um membro do Governo, à revelia dos critérios comunitários, redistribuindo as verbas destinadas ao Norte. Para estes oponentes o Norte é somente o seu umbigo, é a área de Gondomar, Matosinhos, Porto e Gaia, desprezando os restantes municípios da região, porventura mais necessitados. Por isso, quando se disserem regionalistas e atacarem Lisboa, não os levem a sério, são apenas egoístas, uma espécie de eucaliptos que secam outros concelhos à sua volta.