"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
O empresário que "criou milhares de postos de trabalho", que é considerado uma dos cidadãos mais ricos de Portugal, é apreciador de mão-de-obra barata. Não sei se quando cursou engenharia também pensava assim, mas existem sabedores que vão passando ardilosamente entre os pingos de chuva das crises políticas. Acho que sim, as estratégias de crescimento devem passar por transformar as condições de trabalho deste país numa nova China, numa Índia, num Camboja, num Vietname, expoentes máximos de mão-de-obra de qualidade. Penso mesmo que, a bem da "vantagem comparativa do país e da produtividade", se deve chegar a acordo com os sindicatos para recuarmos ao tempo da revolução industrial, com laivos de escravidão!
Parece que anda muita gente indignada com o regresso de José Sócrates a Portugal, nomeadamente a sua futura participação num programa televisivo. São os mesmos que decidiram votar à direita e que agora se queixam da deterioração das condições de vida proporcionadas por este Governo, são os correligionários de esquerda que inviabilizaram o PEC IV (Programa de Estabilidade e Crescimento) e facultaram a entrada da "troika" em Portugal, são os mesmos que organizam petições para calar alguém pois a democracia é só quando lhes convém, são os mesmos que usam a cegueira partidária para diabolizar o legado do ex-primeiro ministro mas esquecem-se das asneiras dos outros que governaram o país desde os anos 80.
A tentativa de confiscar sob a forma de imposto todos os depósitos bancários efectuados no Chipre, vem demonstrar a falta de escrúpulos de alguns senhores da União Europeia. A partir de agora nada será como dantes, essa virtualidade não sairá do pensamento dos cidadãos europeus. Talvez não adiante poupar, talvez seja o momento de saborear a vida, castigar os bancos por toda a conivência com esta guerra económico social e retirar de lá todo o dinheiro, colocá-lo num cofre, em casa, longe de um qualquer louco engravatado.
Se bem que Chávez tivesse levado à letra a palavra socialismo e por pretensamente ter diminuído a pobreza, não posso concordar com o endeusamento de tal figura. As suas políticas destiladas à custa do petróleo secaram a própria democracia e reprimiram vozes dissonantes. De insulto fácil, de um antiamericanismo doentio, o chavismo deixa uma economia perigosamente dependente dos hidrocarbonetos, do populismo histérico, da insegurança urbana e dos rumores de envolvimento com os terroristas das FARC colombianas.
O Minho, outrora a região de bem receber, vê-se envolvido em casos de violência no desporto. Desde confrontos nas bancadas de campos de futebol até pedradas à equipa visitante. Em Braga, Capital Europeia da Juventude, em 2011, e Guimarães, Capital Europeia da Cultura, no mesmo ano e Cidade Europeia do Desporto, em 2013, existem energúmenos que não aprenderam nada com estes eventos e decidem manchar o bom nome da terra, quiçá instigados pelos discursos odiosos dos caciques políticos e desportivos da região, misturando as frustrações pessoais com a situação sócio económica em que vivem.