"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
Sempre acreditei naquele logro, naquele sonho americano transformado em filme de Hollywood com final feliz. Sinto-me defraudado por alguém que passou de rei do ciclismo a rei da mentira, desonrando cada estrela da bandeira americana à medida que conquistava vitórias. Apesar de ter derrotado o cancro, a ganância de Lance Armstrong acabou por destroçar o próprio ciclismo e o desporto em geral. Nunca mais terei confiança em super heróis.
Quando vejo as pessoas a discutirem acaloradamente futebol - se foi penálti ou fora de jogo -, quando devoram as revistas em busca de saber quem foi expulso dos "reality shows", de coisas supérfluas, apetece-me mandá-las para Marte, só com bilhete de ida, agora que abriram as candidaturas para novos colonizadores. Esta gente não faz parte deste mundo, provavelmente não sabem que 2013 será o ano decisivo das nossas vidas, da própria sobrevivência social, se suportaremos a abjecta carga fiscal em forma de novas tabelas de IRS com o disfarce dos duodécimos.
Eu sei que a generalidade das autarquias estão de bolsos vazios, mas criar uma taxa turística por cada noite de estadia no concelho de Aveiro não lembra a ninguém. Já não bastava o que os turistas têm de pagar de portagens nas antigas SCUT, já não bastava o chumbo à descida do IVA, na restauração, há sempre algum iluminado que quer dizimar o turismo - a actividade que nos pode ajudar a sair desta crise. Parece que o político profissional tende a transformar-se progressivamente num chico-esperto. Sem ideias, inspira-se nos colegas de coligação partidária que governam o país, pois há uma maneira rápida de angariar milhões: ir ao bolso das pessoas, existe sempre alguém que pague!