"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
Aquele que é considerado um dos melhores músicos de sempre fez recentemente 65 anos mas pouco destaque teve no nosso país. David Bowie é um artista completo, inovador da sua imagem e da sua música que ainda hoje se mantém actual. Revolucionou o rock, a cultura pop, o punk e a arte, mas parece não ter influenciando uma geração portuguesa "amorangada", sem referências, que idolatra personagens a que a comunicação social chama de "cantores" mas que apenas vão mexendo os lábios, figuras cómicas como Bieber, o clã Carreira e tantos outros que deturpam o conceito de música e poluem o ambiente sonoro com esta espécie de "pimba" revisitado para meninos do papá.
A assinatura do "Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego" não é nada mais do que um beijo de morte para quem efectivamente trabalha. Parece que abolir a proposta de meia-hora de trabalho desculpabiliza uma série de atrocidades laborais: a diminuição do custo do trabalho, das horas extraordinárias através do enigmático banco de horas, o prolongamento desse mesmo trabalho, a redução do descanso, a duração do subsídio de desemprego e as indemnizações por despedimento. Nunca despedir foi tão fácil pois agora também é possível dispensar alguém por inadaptação, pela redução continuada da produtividade ou da qualidade do trabalho prestado. Por isso, proponho que a classe política que nos tem governado se auto-avalie e se é merecedora de continuar em funções ou é despedida por tais pressupostos.
Parece ser um país silenciado, domesticado, como aquele que o ex-assessor e consultor político Fernando Lima deseja. Ironicamente, o único que faz oposição ao Governo parece ser Cavaco Silva apesar da sua contradição ao aprovar o Orçamento de Estado de 2012. É dos poucos que alerta para a situação "explosiva e intolerável" do país devido à violação da "equidade fiscal", da falta de "diálogo entre o Governo e os parceiros sociais" e das "políticas desastrosas dos dirigentes da União Europeia". Um povo manso, como uma oposição política resignada, apagado como o sinal analógico da televisão, à espera que o incompetente Governo e os seus lacaios de serviço levem este barco ao fundo.
Em entrevista à RTP, António Oliveira decidiu partir a loiça toda. Qual elefante numa loja de porcelana, apontou a dedo quem, na penumbra, tem agrilhoado o futebol português há 30 longos anos e o respectivo clube que daí tem retirado vantagens. Por muito que possa custar, esclareceu os mais incautos sobre quem é o único clube português com dimensão mundial, por mais distinções que se façam no Dubai. Através das transcrições das escutas do "Apito Dourado" já tínhamos percebido o lodaçal imundo em que está enterrado o futebol português, agora, perante a contínua surdez e inércia das autoridades a história repete-se: "manda quem pode, obedece quem tem juízo!"
Em época natalícia, já parece ser habitual o massacre de cristãos em todo o mundo. Não obstante o reconhecimento e a penitência de variados líderes católicos acerca dos excessos da Igreja em nome da fé que foram feitos no passado, há quem, em nome do Islão, continue a perseguir o cristianismo. Este radicalismo islâmico, esta mania de interpretar o Corão à letra - terreno fértil para todo o tipo de oportunistas -, esta intolerância muçulmana perante outros povos mina a multiculturalidade, cria a desconfiança do Ocidente, dá uma imagem de atraso civilizacional e dá força a homens como Geert Wilders que criararam anticorpos e respondem na mesma moeda através de arrojados discursos.
Já em 2010 o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tinha deixado no ar a suspeição de que os EUA eram responsáveis pelo sismo do Haiti. Metástases de estupidez que nenhuma biopsia ou tomografia detectaria. Com o tratamento, parece ter ficado com falta de oxigenação no cérebro pois agora também suspeita de mão norte-americana nos recentes casos de cancro detectados em vários líderes na América Latina. Pobres herdeiros marxistas que além da miséria, da eliminação da propriedade privada, da violação dos direitos humanos e da prepotência das nacionalizações, não têm nada mais para oferecer ao seu povo do que a fixação e o ódio antiamericano.