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[ O filme "Rio Bravo" é um western que conta a história de um xerife de uma pequena cidade do Texas que enfrenta um poderoso e rico rancheiro da região, tendo este vários pistoleiros debaixo da sua influência]
Quando se completa 10 anos desde que foi eleito presidente da Câmara do Porto, Rui Rio arranca as ervas daninhas dos bairros da cidade. Cortou pela raiz a subserviência do município em relação ao principal clube de futebol da cidade e dos seus acólitos, dinamitou os bunkers das redacções dos jornais onde se escondem as pseudo "forças vivas do norte", sempre tão certas de tudo mas vazias de ideias. Ao despeito do vizinho de Gaia, responde com o equilíbrio financeiro, palavra arredada do mandato dos seus antecessores. E se há muito para fazer na questão da habitação, com ele, o lóbi da construção civil vai ter de encontrar outro território porque aqui não é a Sicília, ou melhor, não é nenhum "western" passado no Texas.
Ebenezer Scrooge é um velho avarento retratado por Charles Dickens na obra "Um conto de Natal" que não quer saber do Natal para nada, quase exigindo que os seus empregados trabalhem nesta data. O actual primeiro ministro parece ter copiado o estilo do senhor, é carrancudo, arrogante, exigindo que se trabalhe mais meia hora, impondo sobretaxas sobre o subsídio de Natal, extirpando a função pública e os pensionistas. A não ser que os fantasmas de Scrooge decidam assombrar este governo para a sua obrigação social ou vamos ter o pior Natal de sempre. Gostava de vê-lo chorar copiosamente como fez a ministra italiana quando anuncia o aumento das taxas moderadoras na saúde, quando eliminar alguns feriados, quando obriga ao pagamento das ex-SCUT, quando aumentar a taxa do IVA, quando rebentar com a economia e aumentar o desemprego.
Fui à "Terra dos Sonhos" em Santa Maria da Feira para sair deste país de pesadelo, para fazer feliz o que de melhor existe no mundo, as crianças. Esperava encontrar a conhecida hospitalidade nortenha e, indirectamente, ajudar a paupérrima economia local. Em vez disso, encontrei a zelosa acção das autoridades, não que tivesse vislumbrado algum polícia num local em que a presença de 5000 pessoas assim o exigia, mas a vergonhosa caça à multa desenfreada, à socapa, num espaço manifestamente insuficiente para o estacionamento de viaturas e que decididamente afugentará futuros visitantes.
Não, não era uma "jaula" como pejorativamente alguns agitadores ressabiados gostam de referir. Era uma caixa de segurança constituída por redes e fibra de vidro, presente em vários estádios na Europa. O problema é que a caixa não é à prova de derrota para os visitantes, e entre gente chique de sapatos de vela que se diz "diferente" - talvez por agredir bombeiros -, e uma claque, refira-se, legalizada, basta um pequeno rastilho para acender a fogueira do antibenfiquismo primário e das frustrações acumuladas há vários anos.