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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Qui | 24.11.11

Extermínio do serviço público

Dylan

 

A história da RTP confunde-se com a do próprio país, a válvula do escape dos tempos em que tudo era a preto e branco. Os "Amigos de Gaspar" querem privatizar "O Tal Canal", numa espécie de "Fungagá da Bicharada" político. O "Passeio dos Alegres" governantes de coligação, travestidos de gestores económicos, querem reestruturar a empresa imitando a arte mais antiga e desleal de certo patronato: o despedimento em massa, "a bem da Nação". "Se bem me lembro", a RTP sempre resistiu a todos os regimes políticos, não irá ser agora que, em nome da sua gigantesca dívida, sucumbirá perante a tentativa de extermínio do serviço público de qualidade, livre e independente. 

Sex | 11.11.11

Assombrações em Braga

Dylan

 

Parece que, na Argentina, existem fenómenos paranormais no Estádio do Boca Juniors, popular equipa de futebol. Diz-se que quando está vazio, vislumbram-se  sombras, ruídos, portas que se abrem e fecham, luzes que se acendem e apagam sozinhas. Em Portugal, verifica-se uma situação idêntica em Braga: bolas de golfe que florescem em pleno relvado, fotografias colocadas por debaixo da porta da cabina do árbitro, jagunços estrategicamente colocados,  um "speaker" histérico, cortes frequentes da luz eléctrica, aconchegadores banhos de água fria e delírios racistas, tudo ao melhor estilo do Fantasma da Ópera. A "cidade dos Arcebispos" não consegue dominar os fenómenos estranhos na sua arquidiocese, nem com a protecção papal há muito requisitada para a "Pedreira".

Seg | 07.11.11

O fado grego

Dylan
A Grécia, berço da civilização ocidental, do misticismo, da mitologia, da alegria contagiante de viver, de ser livre - exemplificado na estória cinematográfica de Zorba - está à espera que surja um Aristóteles moderno que endireite a matemática das contas, um novo Sócrates que os elucide e os motive para outra filosofia de vida, ao som de uma melodia de Vangelis. Inevitavelmente, a Grécia é uma espécie de oráculo para Portugal, a que acresce a semelhança do seu clima, do sol, do seu povo, do turismo, da sua relação com o mar. Apesar de acreditar no potencial destas duas grandes nações, quando penso no fado grego sinto um arrepio enorme a percorrer-me a espinha por angustiar o futuro. 
Qua | 02.11.11

Ode à hipocrisia

Dylan

 

 

Declamou-se poesia no Coliseu do Porto num palanque de gala. Por um instante pensei que fosse José Régio e o seu "Cântico Negro", mas não, foi algo mais profundo, roçando a hipocrisia. A propósito da entrega dos Dragões de Ouro, entre alguns sorrisos amarelos e a presença deslocada de ministros do Governo sentados em cadeiras de sonho desconchavadas, ovacionou-se um treinador de futebol que no passado foi acusado pelo presidente do seu anterior clube de fugir para Londres com "medo do fantasma de Mourinho", de "ser goleado pelo Barcelona", que "se lhe corresse mal a Champions ninguém o queria", que "quando se pensa num grande da Europa, não se pensa no Chelsea". Alguém diga ao orador que não se escrevem prefácios tão foleiros.