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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Dom | 29.05.11

Jogo e despesismo político

Dylan

 

Depois do afastamento de Nuno Cardoso da presidência da Câmara do Porto e das derrotas estrondosas de Francisco Assis perante Rui Rio, é a hora do PS tentar reconquistar a Câmara, com o recurso à táctica perdedora de Elisa Ferreira - a colagem ao FC Porto. Só assim se compreende que, em tempo de "vacas magras", não se censure o despesismo de dinheiros públicos do Governo Civil do Porto na organização da homenagem "à instituição mais representativa da cidade", nas palavras do Governador Civil, uma espécie de político socialista que repreende autarcas social democratas. Este perigoso jogo político nunca deveria misturar-se com o futebol, por isso, fecha-se as portas da Câmara, entre berros histéricos das pseudo-forças vivas da cidade que deveriam canalizar o seu ressentimento não só para o bem estar social dos portuenses, mas do distrito, em geral.

Ter | 24.05.11

Por um punhado de golos

Dylan

                                                                    "Por um punhado de dólares"

 

 

Quando o efeito inebriante do malte de Dublin parece ter terminado, é tempo do país fazer a depuração. Por um punhado de golos esqueceu-se que afinal, o Norte, tão provincianamente exultado pelos seus feitos futebolísticos em terras irlandesas, acaba de suplantar a média da taxa do desemprego em Portugal. Por um punhado de golos, os subsídio-dependentes e os endividados foram turistas por um dia em charter "low cost", sem saberem se haverá pão na mesa para amanhã. Por um punhado de golos, querem impingir-nos uma tacanha festa portuguesa, apesar de só se vislumbrar atletas sul-americanos, à mistura com o habitual cântico insultuoso das claques direccionado para o maior rival, sob a bênção do mestre serôdio da fina ironia. Por um punhado de golos, esquece-se a corrupção, a criminalidade e a corda do FMI entrelaçada no nosso pescoço. Festejemos pois...

Qua | 18.05.11

Israel

Dylan

 

Israel, sentado no monte Sião, vejo a transformação do deserto, a aridez deu lugar às tâmaras. Apesar da fragância das inúmeras flores, ainda se sente o cheiro a sangue e o ódio dos vizinhos que dura há 63 anos. Vislumbro os catos de espinhos bem afiados, associo-os ao sofrimento do povo judaico, à diáspora, ao holocausto. A fé e os 3500 de história judaica coabitam com o inegável progresso sócio-económico do país. Mas o sonho de uma pátria não acaba aqui, é necessário apoiar a criação de em estado palestiniano, mais uma democracia no Médio Oriente, para que a estrela de David ilumine o caminho da liberdade, da justiça e da paz.

 

Seg | 16.05.11

Homens da Luta

Dylan

 

 

E o pimba revolucionário foi posto com guia de marcha para fora do Festival da Canção, na Alemanha. Estranho o facto dos "Homens da Luta" terem vencido em Portugal um evento onde o seu regulamento proíbe "letras, discursos, ou gestos de natureza política". A dupla que a esquerda portuguesa fez o favor de se apropriar, mostra à Europa que, neste país de bipolares, espécie de circo, qualquer um pode ser artista, berrando à força de um megafone e estupidificando o músico. Sem piada, ridicularizaram a antiga música de intervenção, o próprio país, numa caricatura anarquista e oca. Se fosse noutra época, levavam com tomates, agora, em época de descrédito político e de sermos acossados pelo FMI, prometem voltar para o ano trazendo o pão, o queijo e o vinho rasca.

Seg | 09.05.11

A estratégia do cinismo

Dylan

 

Parece que a família do último director da PIDE ficou ofendida com uma peça teatral em que se relacionava este antigo Major com o assassinato de Humberto Delgado. Não sei se foi o responsável, mas alguém que esteve 12 anos à frente desta polícia política deveria saber minimamente o que os seus subordinados faziam e as ordens que tinham. Felizmente que, 30 anos depois da extinção da PIDE, os acusados têm o direito de se defenderem fora dos cenográficos Tribunais Plenários, da culpa formada, sem serem torturados, espancados, chantageados, perseguidos e desterrados pelo ditador, espécie de dramaturgo. Moralmente, esses actores bem reais também deviam pedir chorudas indemnizações a quem tanto sofrimento lhes causou, o que inclusive levou à morte de alguns protagonistas da trama como o "General sem Medo" e José Dias Coelho.

Qua | 04.05.11

O país dos bajuladores

Dylan

 

Existe em Portugal uma espécie de jornalismo que se confunde com pedantismo e bajulação. Em Portugal, tudo aquilo que José Mourinho diz é um princípio orientador, mesmo quando revela a sua pior faceta - o mau perder - refinado em paragens lusas. Das provocações ao Barcelona, leva uma lição em catalão sobre cátedra futebolística. Lançou suspeitas sobre as conquistas de Guardiola mas esqueceu-se do episódio em que o Apito Dourado bateu à porta do Estádio da equipa que treinava. Os seus defensores vão falar em inveja mas eu aceno com a falta de humildade.