"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
Numa época de desalento empresarial português, a empresa farmacêutica Labesfal, de Tondela, é o exemplo de que, em Portugal, pode haver sucesso e motivo de orgulho para o empreendedorismo nacional. À semelhança do seu fundador, João Almiro, homem de grande humanismo, a actual Labesfal também tem uma grande responsabilidade social ao ser um dos maiores empregadores da região Centro, com elevada formação dos seus colaboradores. Adaptou-se aos delírios do estado sobre a política dos medicamentos genéricos, inovando e investindo, atraindo uma multinacional alemã que lhe juntou o rigor organizativo e uma capacidade brutal de produção, fazendo parte das 250 empresas que mais exportam para fora do país, nomeadamente para o mercado europeu, asiático e americano. Bendita iniciativa privada que se demarca de algumas empresas estatais que não são mais do que um sorvedouro do erário público.
Costuma dizer-se que não se deve cuspir para o ar sob pena de nos sujarmos. Vem isto a propósito das declarações de André Villas Boas, técnico do FC Porto, ironizando com o facto do SL Benfica ter sido escandalosamente prejudicado pela arbitragem em Guimarães. Que se repetisse o jogo, disse ele, de forma jocosa. Não é que, passadas algumas semanas, provou do mesmo remédio, no mesmo local, com a particularidade de ter fantasiado com uma penalidade que ninguém viu, nem mesmo o seu fiel jornal diário desportivo. Um tremenda falta de fair-play, frequente naquelas paragens, pouco habitual nos de sangue azul, que nem a sua recente retratação desculpa. Se a sua intenção era imitar Mourinho, faltou-lhe classe, se o seu esforço é seguir as pisadas de Robson, faltou-lhe humildade. Sem necessidade, a sua equipa continua a praticar excelente futebol.
O encerramento da linha do Tua e a sua consequente submersão pela futura barragem de Foz Tua é uma ameaça ao Vale do Douro e um atentado à sua classificação como Património da Humanidade. O potencial filão turístico desta prodigiosa obra de engenharia ferroviária nunca foi devidamente aproveitada e, pior do que isso, custa ver o abandono e a consequente falta de manutenção da linha por parte da CP. Um falso progresso que vai acentuar a interioridade e desperdiçar dinheiros da União Europeia que foram usados na construção de parte do troço da linha do actual Metro de Mirandela - um reflexo da incompetência de quem tem gerido o país.