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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

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"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Dom | 30.05.10

O lado negro e putrefacto do futebol

Dylan

Finalmente fez-se luz sobre a demissão de Hermínio Loureiro da Liga de Futebol Profissional. Ao melhor estilo de Chicago dos anos 20, o presidente demissionário falou de intimidação, coacção, insultos e vinganças nos meandros do futebol português apontando nomes a norte. Já anos antes, o insuspeito José Mourinho, ao serviço do Chelsea, deslocava-se com seguranças à cidade do Porto pois comparava esta com Palermo. Rui Rio também teve uns episódios curiosos como edil desta cidade. Até se compreende que criminosos, sendo legalizados, acompanhem presidentes de clubes à porta de tribunais, mas quando são dirigentes que ameaçam fazer "a vida negra" a um órgão autónomo da Federação Portuguesa de Futebol, vem à tona o lodo em que o futebol português está metido há mais de 25 anos e que, recentemente, excertos de escutas telefónicas colocadas na internet vieram comprovar.

Seg | 24.05.10

Desregulamentação farmacêutica

Dylan

O Decreto-Lei nº 53/2007 veio liberalizar a propriedade de Farmácia mas ao mesmo tempo lançou o sector num descrédito total. Sob a capa da de um pretenso bem-estar do doente, o actual exercício da actividade farmacêutica não é mais do que uma avidez de interesses económicos e pessoais desrespeitadores do Código Deontológico da classe a que nem os jovens farmacêuticos escapam. Nas grandes cidades, as farmácias digladiam-se por clientes através do engodo de mirabolantes descontos ao melhor estilo taberneiro. As que estão de serviço permanente e de regime de reforço fazem apenas figura de corpo presente sem saber se vão conseguir pagar as horas extraordinárias aos seus funcionários que estão de plantão. Nem as recentes deslocalizações disfarçam o facto de haver farmácias a mais no País a que se acrescenta a proliferação de Parafarmácias - na penúria -, os postos de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) - como cogumelos -, e as Farmácias Hospitalares. Parabéns ao Governo que acabou com um serviço de qualidade e abriu as portas aos gananciosos e oportunistas sem ética.

Qua | 12.05.10

Foi bonita a festa, pá!

Dylan

 

 

O treinador do SC Braga tinha previsto que algo ia acontecer. Realmente acertou - um vulcão entrou em erupção na Luz debitando para a atmosfera cinzas vermelhas que cobriram o espaço aéreo nacional de norte a sul do país, também em África, na Ásia e na Europa. O magma incandescente derreteu os maus perdedores, sempre prontos a minimizarem as vitórias dos outros através da intimidação e comunicados dignos de uma taberna do interior. Falaram em túneis - esqueceram-se do verdadeiro precursor do túnel nauseabundo dos anos 90 -, criaram um artificial candidato ao título que, apesar da sua boa época desportiva, foi sustentado por erros arbitrais. Mesmo assim, venceu a melhor equipa: o Benfica. Com um futebol vistoso, com o melhor marcador, com o maior número de golos marcados e menos sofridos, com jogadores ameaçando transferências milionárias, com mais espectadores e carregados por um andor - os adeptos. Como diz Chico Buarque: foi bonita a festa, pá!

 

Qui | 06.05.10

Castração cultural

Dylan

 

Penso que os recentes aumentos para o acesso a museus e outros monumentos geridos pelo Estado é uma castração cultural, num país demasiado "futebolizado" e enredado em novelas televisivas. Bem sei que, comparando os preços com países como a França e a Espanha, a diferença não é muita, o problema é o nosso nível de vida ser mais modesto, ainda para mais numa época de recessão económica. E se a desculpa para esse aumento for as recentes intervenções de qualificação em alguns monumentos, uma breve deambulação pelo país demonstra a incúria dos governantes perante tanto património votado ao abandono e que envergonha a nossa extraordinária herança cultural.

Sab | 01.05.10

Greves saturantes

Dylan

 

Compreendo que o direito à greve seja uma decisão livre e justa, mais do que imposição sindical, mas não concordo que sejam sempre os mesmos a acarretarem com os transtornos dessas acções. No caso da CP, quantas vezes são feitas greves ao longo do ano e com que benefícios para os trabalhadores? Por outro lado, quem compensa os utentes por não usufruírem da assinatura mensal dos transportes paga por antecedência ,  por serem obrigados a usar outro meio de transporte alternativo mais custoso e,  eventualmente , perderem um dia de salário?