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Em Portugal conquistam-se tetracampeonatos de futebol como quem come uma peça de fruta. Dizem que é devido à competente organização e estabilidade. Na Europa não encontramos praticamente nenhum clube que iguale tal façanha mas verificamos a existência de um poder judicial forte, imparcial, sem qualquer tipo de temor reverencial à figura desportiva. Uma justiça que não se demite das suas funções nem tampouco expede cartas-brancas para relações institucionais menos claras: com os políticos, nos órgãos jurisdicionais desportivos, na arbitragem, na tristemente instrumentalizada comunicação social, nas transacções obscuras entre jogadores, em subterfúgios processuais, no tráfico de influências e nos compadrios. Tão importante como o próprio jogo e perante a impossibilidade de se apagar o passado, este é o êxito desportivo que alguns hipocritamente glorificam.
Sem dúvida que o ano de 2009 tem sido bom para os defensores dos direitos dos animais, nomeadamente quanto à proibição de touradas pelas autarquias. Só foi pena a outra classe política representada na Assembleia da República ter rejeitado um projecto-lei sobre a proibição de uso de animais em circos. Neste aspecto, a ANIMAL , pela voz do seu presidente, irreverente e audacioso, tem denunciado aquilo que a grande maioria das sociedades modernas condenam: o desprezo pela Declaração Universal dos Direitos do Animal, proclamada pela UNESCO. A juventude, tantas vezes criticada noutras ocasiões, tem dado um contributo importante para a mudança das mentalidades arcaicas deste País no que respeita aos animais: contra os lobbies, contra grupos económicos que exploram o sofrimento animal e contra aqueles que estão sentados numa bancada protegidos por tapumes exigindo sangue.