O anónimo português
É de louvar que o custo da estátua de Ronaldo, no Funchal, não tenha saído dos cofres do Governo Regional da Madeira, do próprio erário público, para satisfazer certos fetiches ligados à vaidade. No entanto, há muito bom anónimo português que merecia descerrar a sua própria escultura, não aquele fútil pataco em bronze mas algo que demonstre a resistência tuga, o seu carácter e qualidades não visíveis em tempos de austeridade. Uma figura universal que represente os pais, reformados, com pensões delapidadas que passaram a ajudar os filhos e os netos, os casais desempregados que sustentam uma casa com filhos, as mães solteiras ou divorciadas e as várias instituições de solidariedade social que têm amparado este povo desalentado.