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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Ter | 24.05.16

Sacanas sem lei

Dylan

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Quinze anos depois do filho ter morrido numa praxe da tuna de uma Universidade, uma mãe é julgada por ter desabafado na comunicação social o que lhe ia na alma e por ter referido alguns nomes que constavam no processo-crime. De entre as 12 pessoas que estavam naquela fatídica noite dentro da sala reservada à tuna e que nada viram, houve um ofendido que pede uma indemnização aquela mãe, imagine-se, por ter de "usar barba e cabelo mais curto para não ser reconhecido" na rua. Coitado do moço, não pode aderir à moda das barbas fartas e por isso quer sacar um dinheiro extra, pobre justiça que não se consegue render às evidências, infelizes reitores que não conseguem acabar com os exageros nas praxes, triste mãe que ainda tem que suportar mais um calvário por causa de uns sacanas sem lei, cobardes, que conspurcam a vida académica.

Seg | 16.05.16

Ainda há finais felizes

Dylan

 

 

No início era o "cérebro", do género "depois de mim, o caos", troçando do seu colega de profissão, Rui Vitória. Como não bastasse o despeito, o clube era enxovalhado através do Facebook por alguém que se comporta como um garoto, com mau perder, pressionando a arbitragem e lançando suspeitas às ofertas de cortesia previstas no Código de Ética da UEFA. A norte, via internet, choviam boletins informativos feito pelos caciques do costume, atirando farpas para a fogueira. Entretanto surgiram as lesões, mas que abriu a oportunidade à formação do Seixal, e foi essa injecção de sangue novo que fez o Benfica ganhar em Alvalade, o clique para o tricampeonato.Se há justiça no futebol ela tingiu-se de vermelho, se há equipa mais unida ela mora na Luz, pois acabei de descobrir que ainda existem finais felizes.

 

Ter | 10.05.16

Regionalismo de conveniência

Dylan

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Bastou o ministro do Planeamento e das Infra-Estruturas dizer que o custo das portagens das antigas Scut no interior do país vai descer até ao Verão, para logo virem os autarcas dos municípios do litoral reclamarem igualdade no pagamento. É a típica inveja portuguesa, ridícula e mesquinha,  personificada por políticos e pessoas que só olham para os seus umbigos, muitos deles dizendo-se regionalistas, apenas quando lhes convém. Mas querem realmente comparar-se com quem vive no interior, com isolamento e dificuldades de acesso, com despovoamento,  com uma crise agrícola, com uma população envelhecida e o encerramento de serviços públicos essenciais? 

Qui | 05.05.16

Pedigree colegial

Dylan

ESCOLA

 

Olhei de soslaio para a televisão e vi uma multidão enfurecida manifestando-se na Mealhada. Apercebi-me que o tumulto era contra alguém do Governo ligado à educação e pensei que que a razão de tal aparato fosse por causa das más condições em que se encontram algumas escolas públicas. Ri-me, pois afinal a turba reclamava contra a intenção do Governo de alterar a política dos contratos de associação com os colégios privados. Simplificando: algumas famílias, aproveitando o facto de há muitos anos atrás haver insuficiência de escolas, colocam os seus filhos em colégios privados financiados pelo Estado. Mesmo tendo um nível aceitável de escolas públicas no país, um colégio privado é sinónimo de pedigree, ainda para mais quando a escolha dos pais é paga por outros...