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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

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"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Ter | 27.10.15

Um erro histórico

Dylan

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Cada vez me convenço mais que a fuga de Jorge Jesus para Alvalade foi dos maiores erros históricos jamais tomados por uma Direcção do Benfica. Não que o "cérebro" não mereça o epíteto de Judas, pois vendeu-se à oferta mais alta do vizinho da Segunda Circular, não que não seja insubstituível, deselegante, mas o seu carisma e conhecimento do futebol é superior, em Portugal. Lembrou-se agora o Benfica de apostar na formação, talvez seja este o caminho para um clube sustentável, mas apostou tardiamente e de forma repentina, ao mesmo tempo que desinvestiu no plantel da equipa baixando a qualidade, sustentado por um treinador sofrível que deixou que os seus jogadores fossem afectados pelo clima de guerrilha verbal criado pelo presidente chefe de claque do Sporting.

Dom | 25.10.15

A terceira via

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Compreensivelmente, Cavaco Silva entregou a governação do país ao vencedor das legislativas de 4 de Outubro mas acabou por dar um paliativo a um doente terminal, pois PSD e CDS-PP não têm uma maioria parlamentar. No entanto, discrimina parte da esquerda e tece considerações próprias de quem nunca despiu a "camisola laranja", numa clara violação da função de um Presidente: zelar pela unidade de Estado. São assim os fingidos: em 40 anos de democracia portuguesa rejubilam com alianças políticas de direita, toleram alianças entre a esquerda e a direita mas abominam uma terceira via composta por um acordo inédito entre todos os partidos de esquerda. 

Dom | 18.10.15

O sósia

Dylan

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Liguei a rádio e por momentos pensei que Vale e Azevedo tinha voltado à vida profissional activa, tal era a verborreia, e percebi que era alguém ligado ao futebol pois destilava falsidade e ódio ao clube vizinho. O discurso era arrogante, populista, manipulando o entrevistador e os adeptos do seu emblema. Enjoado de tal piromania, desliguei o aparelho e fui aferir da credibilidade de tão triste figura. Surpreendentemente, tinha tinha sido treinador de crianças em escolas de futebol, mas rapidamente degenerou, pois fez parte de claques de futebol pouco recomendáveis. Actualmente, cria guerras com fundos de investimento, com jogadores, técnicos, sócios, funcionários e comunicação social. Não pude acreditar, tal personagem que se põe em bicos de pés é simplesmente o presidente do Sporting! 

 

 

Ter | 13.10.15

Rebelião de palavras

Dylan

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A detenção de vários activistas políticos em Angola "suspeitos de prepararem um golpe de Estado" fez-me lembrar tempos do Estado Novo, em Portugal, onde um ajuntamento de três pessoas já era considerado uma manifestação, por isso tinha de ser reprimido e neutralizado. Nesta rebelião de palavras, também não faltam jornalistas condenados por "crimes de difamação" por fazerem críticas a membros do Governo, a que se juntam activistas de Direitos Humanos, numa clara violação de liberdade de expressão e de imprensa. Parece que a "democracia" angolana não convive bem com a insatisfação do povo, com a resistência à brutalidade policial no país, com a desigualdade social, com a denúncia de acumulação de riqueza por parte de "amigalhaços" do Governo, com desalojamentos colectivos forçados e demolições de casas que dão lugar a luxuosos condomínios, com a elevada taxa de violência doméstica, com a corrupção que aumenta à medida que o preço do petróleo desce. 

Seg | 05.10.15

Foi a vossa escolha

Dylan

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A maioria dos cidadãos portugueses elegeu novamente a coligação governamental para exercer durante mais quatro anos. Não sei se foi pela promessa do reembolso da sobretaxa ou pelo episódio ternurento do uso de um crucifixo na campanha, mas quando algum pensionista se queixar do desaparecimento da sua reforma eu não os vou ouvir. Quando algum pai acompanhar ao aeroporto o seu filho que foi obrigado a emigrar chorar diante das câmaras de televisão, eu apago o receptor. Eu já não me emociono quando ouvir alguém lamentar-se da sua interioridade, que fez quilómetros para ir a um hospital público sobrelotado ou a um tribunal sem condições. Jamais os quero ouvir dizer que os seus filhos estão a ser mal acompanhados nas escolas pois não existem funcionários nem professores suficientes. Quando se indignarem perante o aumento do IMI, do agravamento do IVA e do IRS, quando se afligirem pela diminuição dos seus apoios sociais, eu simplesmente não vou fazer caso porque foi a vossa escolha.

Qui | 01.10.15

Repatriados, piedosos e moralistas

Dylan

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É incompreensível que, muitos dos portugueses que se manifestam contra a vinda de migrantes e refugiados para a Europa, sejam repatriados regressados a Portugal com o 25 de Abril e o fim da guerra colonial. Já se esqueceram do sofrimento e a descriminação da população residente da altura que os olhavam de soslaio, considerando-os invasores e sorvedores de empregos. Outra espécie muito piedosa são aqueles que dizem que se "tem de ajudar primeiro os nossos", mas nunca deram um mísero saco de arroz para os bancos alimentares nacionais. Por fim, os moralistas, estes dizem que os migrantes vêm devorar subsídios mas têm na família criaturas que sempre viveram desse expediente. Muitos são emigrantes, os restantes habitam em condomínios fechados à prova de pessoas estranhas mas desafiam os outros a abrirem as portas de suas casas para albergar estes refugiados.