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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Qui | 21.05.15

À beira de um ataque de nervos

Dylan

 

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A agressão física e psicológica feita pela polícia a uma família, em Guimarães, é de alguém que não cumpre o seu código deontológico. Visionando as imagens televisivas da festa que se seguiu em Lisboa, o descontrolo continua: os policias respondem a provocações e contribuem para a desordem pública. Cresce o número de cidadãos sem valores, sem referências, de caciques regionalistas e desportivos que incendeiam ambientes, de jovens desempregados, revoltados e regados a álcool, de inimputáveis, de policiais mal pagos e irritados. O futebol não devia ser assim, um filtro que côa todas as frustrações da sociedade, de destrambelhados que não sabem respeitar as diferenças clubísticas, de um país à beira de um ataque de nervos onde ninguém toma as rédeas de tantas cavalgaduras.

Seg | 18.05.15

Digam 34!

Dylan

Primeiro apareceram os profetas da desgraça - a crise no BES iria arrastar o Benfica para uma época de pesadelo. Depois apareceu Lopetegui, um seguidor da fina ironia e especialista em latim, que acabou por dar os parabéns a todos os que contribuíram para que o Benfica fosse bicampeão. Concordo, o colinho dos adeptos foi fundamental: em Belém, no Sado, nas tortuosas serranias da Freita, no mar revolto das Caxinas e no jardim do Atlântico. Quanto aos conselheiros, não matrimoniais, aqueles que deram ensinamentos para não se festejar em Guimarães, também tinham razão. Há certos logradouros que são pequenos e tacanhos demais, então celebrou-se de norte a sul do país, em Angola, Moçambique, Timor, Cabo Verde, Guiné, Toronto, Paris, Genebra, África do Sul e Rio de Janeiro. Não custa nada, digam lá 34!

Qua | 13.05.15

DesTAPados

Dylan

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O direito à greve, consagrado na Constituição, sempre na boca dos "todos somos Charlie", dos defensores da liberdade, tem ultimamente levado umas facadinhas nas costas. Finalmente desTAParam-se, para eles é uma questão de conveniência: há greves boas e más, há greves que mexem na vida das pessoas, há outras que nem por isso, se for uma paralisação de aviões é grave, se for uma interrupção de outros meios de transporte já é suportável. No caso concreto da greve dos pilotos da TAP, esses defensores de contradições vieram pedir as cabeças dos pilotos, culpando-os pelo estado calamitoso da companhia e apontando o caminho da privatização como castigo. Esquecem-se dos negócios ruinosos feitos pela administração com a Varig, com a Portugália, com a venda da Groundforce, e se hoje são os pilotos que reivindicam, amanhã pode ser qualquer um de nós.   

Qui | 07.05.15

Hipocrisia fiscal

Dylan

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Depois de baixar salários, aumentar a carga horária e diminuir o período de férias, depois de cortar subsídios de férias e Natal, depois de tentar rescisões por mútuo acordo, de pressionar despedimentos e requalificações no sector, naquilo que ficou conhecido como o maior ataque à Função Pública de que há memória, o Governo, num passe de pura hipocrisia, decidiu atribuir um suplemento remuneratório aos funcionários da Administração Fiscal para premiar a produtividade. Sublime ironia: a classe dispensável que pagou a crise e "contribuiu para esvaziar os cofres", que foi salva in extremis diversas vezes pelo Tribunal Constitucional, é agora considerada  peça insubstituível na tresloucada máquina fiscal, digno do maior fingimento político, onde alguns funcionários públicos passaram a ser filhos, outros enteados.