"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)
Mesmo que seja uma norma da Comissão Europeia para reduzir as emissões de poluentes, é uma escandalosa discriminação o acto da Câmara Municipal em proibir os automóveis anteriores a 2000 de circular no centro da capital a determinadas horas e em dias úteis. Milhares de pessoas que sempre pagaram o IUC (Imposto Único de Circulação), valor que já engloba as emissões de dióxido de carbono do veículo, e nunca reprovaram uma Inspecção Periódica Obrigatória, o que legitima a circulação do automóvel em condições de segurança, em qualquer parte do país.Neste trânsito de sacanas oportunistas exijo ser ressarcido por essas duas situações, acrescentando o pagamento que venho a fazer das ex-SCUT, visto haver uns condutores que nunca as pagaram e um tribunal deu-lhes razão, anulando as respectivas multas das Finanças a esses chicos espertos.
Com a primeira vitória do Bloco Esquerda em 15 anos, perdão, com a vitória do Syriza nas eleições gregas vamos ver o que vale um corpo estranho no meio dos habituais triunfadores da direita e da esquerda. Agora sim, é o momento milagroso para regenerarem os tecidos das feridas económicas e sociais, segundo eles, provocados por outros partidos. Os amigos de Alex, os comunistas, os socialistas e os anti-tudo. Tripsas, um povo que fez das tripas coração, que passou do sofrimento à esperança, com uma vontade de exterminar a austeridade, de chutá-la para os credores internacionais e institucionais, do gosto de ver as caras dos chefes europeus em pânico, provando do mesmo veneno a que foram sujeitos os habitantes daquela nação.
Segundo os seus responsáveis, parece que uma equipa de futebol da cidade do Porto precisa de um varredor, necessário para "varrer a porcaria da Federação Portuguesa de Futebol", porque esta se esqueceu de homenagear dois figurões na gala do seu centenário. É sempre bom ver alguém preocupado com o desemprego, tal como no passado, pois ajudaram os profissionais do turismo, da hotelaria e da restauração, nomeadamente promovendo viagens de árbitros ao Brasil. Desejam um novo Cantinflas, que varra o lixo enquanto conquista as empregadas domésticas da zona, mas foram pouco originais ao copiarem as palavras de Carlos Queiroz, 20 anos antes, pois não só este voltou a chafurdar na mesma imundície como se esquecem que já lucraram tanto com os resíduos dos outros, varrido tantas vezes para debaixo do tapete.
Parece que Angola normalizou as relações com Portugal, aquilo que classificou de "ciclo de males entendidos" e decidiu reatar as parcerias. Deve ser por isso que o primeiro-ministro diz que os "portugueses não terão a acumulação de nuvens negras no seu horizonte"! Ele bem quer criar bom tempo para as eleições legislativas deste ano, mas este ciclónico primeiro-ministro, baixando os gélidos salários através de impostos e elevando o ar quente e tenso na sociedade, origina condições para formar as actuais tempestades e depressões que vêem assolando o país desde 21 de Junho de 2011.
Winston Churchill disse que quem é capaz de trocar a liberdade pela segurança não merece nem uma nem outra. Eram outros tempos, desfasados da realidade actual que aconselha prudência e a estar com "um olho no burro e outro no cigano". Os atentados de Nova Iorque, de Madrid, de Londres e de Paris mostram que talvez seja necessário fazer cedências na nossa liberdade pessoal de forma a aumentar a nossa própria segurança. Para quem viveu em ditadura e transformou cada um de nós num "bufo" não se importará de encarnar um vigilante, para quem adora Big Brothers televisivos não se importará de entrar num, bem real. Quanto à recente malta que desculpa assassinos porque acha que os jornalistas de Paris estavam mesmo a pedi-las, os pacifistas da treta que não provocam, não criticam, são politicamente correctos, insossos, vivem numa redoma de vidro e com medo, tenho uma novidade: este mundo real não é para vocês!
Podia ser uma cena do filme "Cães danados", de Tarantino, com muita violência e humor negro, mas aquilo que se passou em Paris, na redacção de um jornal satírico, mostra que o humor não é coisa que lhes assiste. Estes fanáticos estão danados porque não gostam de cartoons sobre muçulmanos, da crítica mordaz própria de sociedades democráticas, também cristãs. Estes rafeiros estão irritados porque a cultura ocidental respeita as mulheres, permite a liberdade religiosa e não se rege por leis islâmicas intolerantes e arcaicas. Foi um dia de cão, mas a mesma caneta que foi manchada de sangue servirá para redigir textos escolares às gerações mais novas, uma aula sobre o valor da liberdade em tempos de radicalismo cobarde.