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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

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"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Qua | 31.12.14

O fim do jardinismo

Dylan

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Com a vitória de Miguel Albuquerque na liderança do PSD/Madeira e a consequente demissão de Alberto João Jardim, o governo regional cai, o parlamento é dissolvido e o jardinismo é expurgado da ilha. Foram quase 40 anos que esta espécie de Pinto da Costa político governou a Madeira, e se não lhe são conhecidos gostos pela fruta, pela banana da ilha, os métodos são idênticos: a prepotência, o desrespeito pela comunicação social "bastarda" e pelos "cubanos continentais" que estão em Lisboa. O rei das inaugurações de heliportos, de estádios, de piscinas, de obras de utilidade questionável deixa um ar de desenvolvimento mas também um bailinho regional de muitos milhões de euros de dívida.

 

Ter | 23.12.14

O anónimo português

Dylan

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É de louvar que o custo da estátua de Ronaldo, no Funchal, não tenha saído dos cofres do Governo Regional da Madeira, do próprio erário público, para satisfazer certos fetiches ligados à vaidade. No entanto, há muito bom anónimo português que merecia descerrar a sua própria escultura, não aquele fútil pataco em bronze mas algo que demonstre a resistência tuga, o seu carácter e qualidades não visíveis em tempos de austeridade. Uma figura universal que represente os pais, reformados, com pensões delapidadas que passaram a ajudar os filhos e os netos, os casais desempregados que sustentam uma casa com filhos, as mães solteiras ou divorciadas e as várias instituições de solidariedade social que têm amparado este povo desalentado.

Qui | 11.12.14

Mais do que um político

Dylan

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É engraçado verificar que, mesmo aos noventa anos, Mário Soares continua a ser uma espinha encravada em muitas gargantas: na oposição ao Governo, na direita nacionalista saudosa de Salazar e na esquerda revolucionária que não lhe perdoa o facto de ter "abandonado" o Partido Comunista, acabando por derrotar Cunhal, em 1975. Também graças a ele posso escrever estas linhas sem ser censurado, com a convicção de que um estadista não pode agradar a todos mas tem que dialogar com todos, deixando o fanatismo ideológico na gaveta. Por isso foi incoerente, tempestuoso, e admitindo que a descolonização possa ter sido mal feita, evitou-se um banho de sangue, veio a paz, a prosperidade europeia e o sabor reconfortante da democracia. Soares não é fixe , é mais do que isso de ser um político, é um eterno inconformado que combateu nas trincheiras da liberdade.

Sex | 05.12.14

O ultraleve

Dylan

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No início prometia ser uma lufada de ar fresco na política portuguesa, mas o actual Bloco de Esquerda assemelha-se a um avião que vai perdendo e soltando peças por falta de manutenção. Primeiro foi Daniel Oliveira, depois Francisco Louçã, Ana Drago, e recentemente João Semedo, abandonaram a tripulação. Lentamente, transformou-se num pequeno ultraleve com uma nova equipa de bordo: uma anedótica comissão permanente composta por seis dirigentes! Um remédio paliativo para alguém que vai despenhar-se devido ao seu sectarismo interno, por falta de passageiros, por arriscadas e traiçoeiras rotas percorridas demasiadamente à esquerda.