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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Qui | 28.04.11

Greves perniciosas

Dylan

 

 

Apesar dos maquinistas da CP terem desconvocado a greve que estava prevista para os dias de Páscoa e de saber que o direito à greve está consagrado na lei, acho moralmente reprovável que esta classe tão privilegiada continue a prejudicar os contribuintes que indirectamente lhes custeiam os principescos ordenados, ainda para mais com o fraco pretexto dos cortes no pagamento do trabalho extraordinário. Numa época em que o desemprego está acima dos 10%, os perniciosos e cirúrgicos grevistas parece que estão à espera da inevitável privatização dos transportes públicos que os seus sindicatos tanto criticam ao andarem nestas andanças desde o início do ano. 

 

Qui | 21.04.11

Abril, sempre

Dylan

 

 

Não, eu não gosto de ouvir dizer que "antigamente é que era bom", que "as actuais condições económicas e sociais são piores do que há 40 anos." Porque nunca gostei de censura nem da arte de chibar, eu quero que se respeite a alma de homens como Salgueiro Maia, Humberto Delgado e daqueles que foram encarcerados por pensarem de maneira diferente. Eu gosto de ver a emancipação da mulher e do seu novo papel na sociedade, longe do tempo em que o divórcio era um tabu religioso, de olhar para uma escola e ver meninos e meninas a brincarem juntos num recreio, afastados de uma qualquer mocidade portuguesa. Eu gosto de pertencer à comunidade europeia e ter deixado o "orgulhosamente sós", de observar os direitos dos cidadãos à saúde, à educação e ao trabalho. Não questiones se Abril valeu a pena, usufrui da liberdade conquistada como se fosse a coisa mais importante da tua vida.

 

Ter | 12.04.11

Não apaguem o passado

Dylan

 

Proponho que, para quem recebe o Benfica à pedrada, com bolas de golfe, com galinhas e outros artefactos atirados para dentro do terreno de jogo, com a tentativa reincidente de humilhar e achincalhar o adversário e os seus símbolos - muitas vezes com a troca de comunicados fazendo menção ao talibanismo e ao nazismo, levando indirectamente  à vandalização das Casas do clube - seja recebido com pompa e circunstância. Organize-se um convívio dentro do Estádio da Luz com a degustação das 7 Maravilhas Gastronómicas de Portugal, contrate-se o Coro de Santo Amaro de Oeiras para interpretar o hino do visitante, substituam a água dos aspersores por champanhe e larguem o fogo de artifício ao som da Pronúncia do Norte! Não, isto não é desportivismo, mas um apagão não pode fazer esquecer 30 anos de intimidação e ódio regional atiçado por alguém que não sabe estar na vida nem no futebol.  

Qui | 07.04.11

O rio do esquecimento

Dylan

                                  Do meu outro blogue

 

 

Raiva, olho o Douro, desejando que este fosse o Lethes, o rio do esquecimento. Dez anos e duas pontes depois, pouco mudou: um estranho isolamento, tão perto do Porto e tão longe de tudo. Castelo de Paiva permanece submergido pelo rio, como de um concelho do interior se tratasse. Inertes, assistimos à queda da ponte, ao ruir de um dos pilares da democracia - a política -, erodida através da culpa que foi imposta às cheias do rio. A ferida dolorosa nunca cicatrizará, resta saber se as prometidas acessibilidades também demorarão semelhante tempo. 

Sex | 01.04.11

Imperdoável

Dylan

 

Carlos Queiroz continua a vencer os sonsos que o quiseram afastar da Selecção Nacional com pretensos processos disciplinares e castigos. Porque não está em causa as opções técnicas do treinador mas a forma como o despacharam do cargo: primeiro, com a rábula de ter perturbado um acção da Autoridade Antidopagem, depois, a culpa já era de uma entrevista onde Queiroz criticava o vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol apontando "o polvo". Eu sei que o Governo a que pertence Laurentino Dias caiu, que Gilberto Madail não foi reeleito para o Comité Executivo da UEFA, que a adequação dos estatutos da F.P.F. ao novo Regime Jurídico das Federações já leva 2 anos para ser aprovado, que se instrumentaliza um jogador naturalizado e que mal sabe cantar o hino nacional para atacar quem ergueu bem alto o nome do futebol português, mas por favor, vão preparando a choruda indemnização.