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DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

DYLAN´S WORLD

"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". (Henry David Thoreau)

Seg | 30.03.09

Saudoso jornalismo

Dylan

A morte de Alfredo Farinha significa o fim da melhor geração de jornalistas da imprensa desportiva em Portugal, para não dizer do jornalismo em geral. Nas palavras do beirão, um tipo de jornalismo que "não obedecia à voz do dono" nem tampouco era subserviente. Independentemente das suas simpatias políticas e do seu clube do coração, defendido até à medula quando era ridicularizado por invejosos, utilizava corajosamente a liberdade de expressão mesmo nos tempos de feroz ditadura.

Escrita irrepreensível, foi professor e agraciado com o grau de comendador, também graças aos seus valores morais onde a frontalidade e a lealdade imperavam.

Que lição para os dias de hoje onde o jornalista se confunde com o ardina, a notícia com a opinião, onde a a deontologia é arrumada para dentro de uma secretária e a promiscuidade de alguns jornalistas com agentes desportivos é demasiado comprometedora. 
 

Qua | 25.03.09

Fartos de futebol

Dylan

Enquanto o nosso maior tesouro, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, ardeu nos últimos dias mais do que durante todo o ano de 2008, o País continua a acompanhar a saga histérica acerca do futebol e das penalidades duvidosas. Como não bastasse, até títulos "honoris causa" são atribuídos aos futeboleiros interrompendo emissões televisivas para colocação em directo da respectiva entronização! O País, como a floresta, vai ardendo nesta fogueira de vaidades e não vai aparecendo ninguém com outro tipo de méritos que nos possa tirar deste marasmo intelectual. Com a conivência da comunicação social, por momentos esquece-se a crise e o desemprego, substituídos por valores desinteressantes e vulgares. Esta obsessão pelo futebol mostra a tacanhez dum povo que outrora foi esplendoroso e artífice de grandes descobertas.
 

Sex | 20.03.09

Em nome da crise

Dylan

As palavras do Engº Belmiro de Azevedo sobre a mobilidade laboral para Angola, e que "é preciso ganhar o direito a ter emprego começando às sete ou oito da manhã e terminando quando o trabalho estiver feito", é de uma desconsideração atroz para todos os trabalhadores.
Bem sei que a personagem em causa é o maior empregador nacional mas também sei que prejudicou milhares de pequenos comerciantes, talvez ainda hoje vivendo na penúria. E o que dizer dos altos rendimentos auferidos pelos seus quadros médios e superiores desproporcionados face ao salário do vulgar trabalhador? O êxodo para Angola só pode resolver o problema no imediato e não parece que esse país seja propriamente o "El Dorado". À custa do empreendedorismo atropela-se a regulamentação laboral e a estabilidade familiar, essenciais para a motivação profissional e à consequente criação de riqueza. Para muitos empresários o trabalhador deve ser robotizado, uma espécie de escravo dos tempos modernos. Sim, em nome da crise e da propalada flexibilidade!